Metáfora patética esta que os poetas fazem com as rosas,
Esta mania desavisada de insistir na metafísica das coisas.
A rosa: pétalas miúdas, caule raquítico.
Mas que por serem pétalas e caule,
e estarem embutidos de uma mecânica inerte de Xilema e Floema,
ainda era chamada de rosa e declarada viva,
e os afobados enxergavam nela um suspiro fatal que anunciava o fim de tudo.
Ah! Que mecânica inútil é esta que nos faz encontrar suspiro nas coisas?
Na planta, incansável mania de Xilema e Floema.
No homem, trabalho fadigado de glóbulos vermelhos,
brancos, azuis, amarelos e inúteis!
Eu não me importo.
Onde nisso encontro metafísica,
Senão apenas mecânica inerte que pulsa no peito de toda a gente?!